Zenith Andersen
Manhã de um domingo ensolarado,Convidando para um passeio na praia,
Ou uma meditação à beira da piscina.
A segunda opção me pareceu melhor.
Levei os jornais para a pérgola.
Li as notícias do dia, mas,
Logo as abandonei: violências,
Corrupções, frustrações, misérias,
Que me deprimiram.
Foi então que vi no deck da piscina,
Uma “viuvinha” – pássaro pequenininho,
Saltitante, que sempre aparece,
Quando aqui me sento,
Para ler ou meditar.
Minha coleguinha,
Não saia daí,
Vamos conversar.
A viuvinha parou e olhou-me,
Como se estivesse entendendo
Que eu também era uma viuvinha!
Falei então:
Nossos companheiros nos deixaram sós!
O que fazer?
Não sei se você também tem, como eu,
Uma lágrima descendo fácil, fácil...
Recordações, tristezas, saudades.
Saudades sim!
Tristezas não!
O dia está lindo,
O sol brilhando,
Por que chorar?
A viuvinha continuou saltitante,
Voltando várias vezes.
Resolvi dar um mergulho e nadar.
Começando a rotina do dia
Com alegria no coração.
A viuvinha foi embora,
Como se dissesse:
“Pronto. Cumpri a minha missão.”
(Todos os conteúdos desse BLOG estão registrados pela autora, Zenith Andersen, e fazem parte de seu próximo livro: "Estados de Espírito")